Abstract
De caráter introdutório, este texto visa acessar a história da geografia sob um ângulo pouco explorado no Brasil tanto em termos de objeto quanto de método: o das línguas e das traduções baseado na decolonialidade e nos translation studies. Para tanto, selecionamos o Boletim Geográfico do IBGE durante o Estado Novo (1943-1945) e identificamos uma questão de vulto: a ocorrência de uma intensa política editorial multilíngue de circulação científica por meio de diversas traduções. Contudo, tal política ocorria em meio a uma conjuntura em que o Estado Novo promovia a língua portuguesa como um dos principais símbolos do nacionalismo e da identidade nacional. Além de permitir lançar novas luzes sobre a história da geografia brasileira, uma pesquisa sobre o Boletim Geográfico pode ajudar a entender as razões pelas quais um país periférico tanto investe na tradução como gênero de circulação científica e de que forma isto acontece.
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